Mim, Tarzan

Minha foto
Sou a rima de minhas linhas. O que não sou, elas são. O que não falo, elas falam, e no final, as completo sendo o autor. Sempre costumei falar que todos que gostam de escrever são pessoas oprimidas, são pessoas que sofrem opressão de suas idéias e pensamentos, escrever é uma fuga para tal pesar. Este é então, o local onde não mais serei oprimido. :)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

"Essas palavras que escrevo me protegem da completa loucura."

 
Bukowski disse muitas coisas. Muitas coisas melancólicas, muitas coisas confusas e muitas coisas enigmáticas. Mas de todas as coisas que ele disse, a mais sábia e encorajadora, para mim, foi: “Faça, Faça, Faça”.

“Se você vai tentar, vá com tudo. Senão, nem comece. Isso pode significar perder namoradas, esposas, parentes, empregos e talvez a cabeça”.

Que conselho do velho-safado, não? Eu poderia esperar vir de muitas pessoas o poema “Role os Dados”, eu esperaria de muitas, menos de Charles Bukowski, a princípio. Não que isso esteja sendo algum tipo de julgamento, apenas digo que não sonharia em um dia estar esperando para jantar em sua casa, posto a mesa e de repente ele começasse a orar e recitasse isso para mim. 

terça-feira, 19 de abril de 2011

“Essas garotas ainda vão me matar”



De mês em mês elas vem, de mês em mês elas vão. Não é nenhum caso de depressão ou qualquer outra coisa que seja, são apenas mais alguns versos de milhões que já existem sobre elas, as lindas mulheres. Elas inspiram milhões de canções, são poesia pura, representam muito mais do que aparentemente são. Para nós, homens ou projeto que sou. Para nós, seus amantes, elas são nossos vícios, nossos amores e nossa saudade. São aquilo que já alcançamos e aquilo que queremos alcançar. São, acima de tudo, um mistério. Existe uma ironia bastante particular na história por trás dessas duas poesias abaixo, elas são bastante opostas e com um intervalo de tempo muito curto entre elas. Inspirado por duas garotas diferentes, não é uma dedicação, soa mais como um desabafo às circunstâncias. Na primeira, reclamo com as paredes por querer continuar, mas não poder seguir adiante com a história. Já na segunda, estou bravo comigo mesmo, queria gostar da ideia de continuar, mas é o que menos desejo na verdade. São simples e bastante particulares, deixo aqui para registro e para que de tempos em tempos eu as veja mudando sutilmente aos meus olhos.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Minhas Histórias Verdadeiramente Alteradas (1)

Começa minha nova série, “Minhas Histórias Verdadeiramente Alteradas”. Modifico momentos pelos os quais passei e acho que podem se tornar uma boa história, com o intuito de não ser processado futuramente por outras pessoas que participam de algumas delas e aproveito para tentar espremer  um lado que nem sempre as histórias reais tem, o humor. A ideia é tirar riso de tudo, poesia de tudo. Mostrar que tudo é história, tudo é vida.

~
Vinte e cinco horas menos alguns minutos. Era esse o tempo que eu havia levado para conseguir um punhado de balas. Na verdade não era um punhado, era uma única bala que estava presa dentro da mão do fulano, negava tanto solta-la que me confundo com a quantidade de bala toda vez que vou contar essa história.
Era uma quarta-feira, antes disso havia sido uma terça-feira. Eu sabia que iria beijar uma garota na quarta-feira e como a situação estava um pouco ruim para mim, comecei a procurar uma bala de hortelã um dia antes mesmo. As garotas adoram hálito de hortelã, principalmente a que eu iria beijar na quarta-feira (li isso no caderno dela – era aula de Ed. Física).

quinta-feira, 31 de março de 2011

"Um espelho é muito mais difícil de segurar"



Mano Campos e Mana Ferrari, a vocês. Obrigado.


O ENGANO. A LUTA. A VIDA.
Eu, que pelo menos tento não ser, sei qual é a dor e o mal que me causam pelo menos parecer
De longe ou perto, todos sabem o meu cheiro, males voam mais rápido do que um mero conselho
Bastante maltrapido e um pouco honesto é o que sou
Amante da vida, amante de mim mesmo e até do pão que o diabo amassou
As vezes me surpreendem e mostram seus novos meios de transformar tudo em mal
Odeio tanta cobiça e sua maldita ambição,
Na verdade roubam uns dos outros aquilo que simplesmente passou de mão para mão
Já ostentei aplausos falsos afim de ironizar a eles mesmos
Já fingi derrotas e nem liguei para os dias de glória
Mas afinal de contas, a guerra continua mesmo sendo essa
Seja cuspe, pontapé ou porrada
A luta que vale a pena para sempre ser lutada
Que meu nome seja maldito, que eu esteja desaparecido e nem seja lembrado
Mas que por você e por ele eu seja sempre eu, que eu haja sempre feito herói e que nunca perca a minha voz
Que eu perca um pouco a razão
Mas que eu persista assim até o final,
Ame sempre, mesmo que eu viva sempre pedindo perdão

segunda-feira, 21 de março de 2011

"EUREKA!"


 Confundo depressão com sono. Afirmo apenas por ter estado tão cansado que ideias tristes e eloquentes tomaram conta de mim, a preguiça e o cansaço não me deixavam pensar, então o máximo que conseguia dizer é que me sentia para baixo, sem vontade de nada e sem acreditar em nada. Tudo isso soa com um toque de humor agora, porque é engraçado pensar que levei um tempo para entender que muitas das vezes em que eu me sentia sem ânimo e descrente era apenas um cansaço físico, meu corpo não conseguia pensar direito, eu não conseguia criar nada e achava que minhas linhas haviam me abandonado para sempre, que nunca mais conseguiria escrever algo que arrepiasse todos os pelos do meu corpo.

Um grande desafio para mim, sempre foi saber até quando eu conseguiria escrever, este é o meu maior prazer, e foi como se eu tivesse escolhido o pior momento para testar se ainda conseguia o famoso arrepio pelo corpo... Eu deixava para tentar escrever alguma coisa quando já era bem tarde da noite, quando já havia tomado todo meu tempo livre com outras coisas e meu cérebro começava a confundir depressão com sono após tentativas falhas de tentar escrever alguma coisa. Saíam no máximo algumas linhas melancólicas onde eu reclamava de não estar mais conseguindo escrever ou então tentava continuar algum outro texto que eu já começara e não conseguia escrever mais do que duas ou três linhas sem me frustrar. Mas eu não passava por nenhum tipo de problema, nunca houve realmente uma depressão, era apenas meu corpo pedindo descanso, me avisando que precisava dormir, avisando que eu não conseguiria nada melhor do que um ponto final, não adiantava tentar escrever nada novo que seria persistir no erro, eu só ficaria mais infeliz com o resultado.